sexta-feira, 26 de outubro de 2007

#128 - Jorge Videla

Jorge Videla representa una cepa de hombre que esta para morrir e tieve em Saddam Hussein un de sus últimos representantes: lo tirano de bigod. Jorgito hay subido al poder después de derrubar la presidente María Estela Martínez de Perón, a Isabelita, sucessora de Evita em la alcova de Perón. Governou lo país austral de 1976 a 1981, passando el ruedo em los opositores y mostrando que en Argentina quiem manda é nóis.

Para dejar bien claro que no era buena persona, arrumou un arranca-rabo com el vizinho Chile, por las islas de Picton, Lennox e Nueva. Trés pedaços inutiles de gielo e lo oceano.

En la imagem abajo, Videla posa de Mr Burns
Videla fue tambien el responsable por una de las majores verguenzas desportivas de toda la história. Ele era el presidente durante la Cuepa de 1978, en que Argentina hay ganado robado la taça, apesar de Brasil no haber perdido un juego sequer. Ademas, la finalista Holanda non tinha Johan Cruyff, que recusou-se a ir à Argentina em protesto contra la ditadura de Videla.

Despues de ir preso por los crimes cometidos en la ditadura, fue indultado por Menem e hoy vive em prison residencial, por su edad.

No hay compreendido este post? Pero hoy es Lo Dia Internacional de Hablarse Portuñol, maricón!

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

#127 - Viva a família Sardinha

À primeira vista muitos diriam que Pedro Neschling é apenas mais um atorzinho de Malhação. Mas os grandes homens se medem pelas causas que defendem; e Pedro defende a mais nobre das causas: O BIGODE.



Tá aqui o blog do cara. Que não é "só mais um blog" da Globo. E tá aqui a campanha de ordem cidadã (piada interna) que ele lançou. Finalmente estamos alcançando a grande mídia. Agora, meus queridos, o céu é o limite.

Aliás, muitos não sabem mas o embrião do Ídolos de Bigode foi uma campanha lançada em 2006 para que o Ronaldo usasse bigode na final da Copa do Mundo. Na época não conseguimos um apoio sequer. Essa reviravolta só prova o que já era óbvio: Estávamos a frente do nosso tempo. Felizmente fomos compreendidos antes da morte.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

#126 - Chiquitaaaa

O senador Caxias é muito mais que ídolo, é ícone. Primeiro por ter feito parte de uma novela marcante, épica mesmo: Rei do Gado. Depois, por ter sido uma voz de defesa do povo entre os poderosos. O país parava toda noite para assistir ao senador, com voz embargada e senil, chamar sua musa-doméstica: "Chiquitááââãã".

Mas o senador não era apenas romantismo. Quem não se lembra do discurso que Caxias fez sobre a reforma agrária, para um plenário vazio? Quem não se lembra do realismo-fantástico no velório do senador, com a antológica presença de Eduardo "Blowin' in the Wind" Suplicy e Benedita "Pecado Capital" da Silva?

Um personagem tão marcante que gerou um anti-Caxias no péssimo trailler "Brasília 18%", de Nelson Pereira dos Santos. (Chegaram a lançar o filme? Só vi o trailler...)


Ainda assim, Caxias continua imageticamente ausente da Internet. Falha que precisamos corrigir. Aceitamos ajuda dos nossos leitores, mas continuaremos buscando essa foto.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

#125 - Hulk Hogan - o bigode enquanto marco histórico, geopolítico e cultural


Os anos 80 nos Estados Unidos ficaram erroneamente conhecidos como a Era Reagan mas, na verdade, a figura mais emblemática da década foi mesmo a de Mr. Hogan, um grande homem que aparecia em Rocky III e detinha os direitos de subir no ringue ao som de Eye of the Tiger. A mudança de caráter, ascensão e decadência desse grande bigode - descolorido, ridículo, épico - da luta livre se confunde com os rumos da humanidade e do bigode, nesse período de transição e incerteza global.

O problema é que Super-Homem, Rocky e outros heróis não tinham bigode
Para entender a carreira de Hogan, é preciso analisar o cenário mundial do momento. A URSS não preocupava tanto, pois Gorbatchev já abrira os trabalhos de dissolução do bloco, regados a vodka e sem hora para acabar, num festão russo batizado "perestroika e glasnost", que seriam as dançarinas de cabaré preferidas do premier. No entanto, surgiam novos pesadelos. Por um lado, o poderio econômico nipônico e, por outro, a instabilidade do Oriente Médio que afetava os suprimentos de petróleo. Esses fatores levariam a uma combinação trágica para os norte-americanos, pois o Japão veio crescendo o olho para cima do esporte e do entretenimento ocidental e comprou Hulk Hogan, a peso de ouro, para lutar em sua liga nacional. Justamente Hogan, que, apesar de impopular por não ser moralmente virtuoso, era o único bigode capaz de enfrentar o impiedoso Iron Sheik, o sunita porradeiro de bigode que assolava a WWF - World Wrestling Federation - e tirava o sono da nação do Norte. Todos sabiam que se o título caísse nas mãos do Sheik, os árabes iam começar a dar as cartas nas negociações de petróleo.


Era preciso forjar urgentemente um ídolo de bigode
Hábil na condução de crises internacionais como um Robert S. McNamara, o novo diretor da WWF, Vince McMahon Jr. - uma espécie de Kleber Leite saxônico - ignorou a "burocracia" de sua própria "federação", convocou e inscreveu Hogan como substituto do finalista que enfrentaria o Sheik pelo cinturão de 83-84. Obviamente, Hulk foi quem entrou no ringue montado no Madison Square Garden lotado para a Luta do Milênio entre os dois bigodes.

A manobra, além de polêmica, era delicada e arriscadíssima, porque exigiu uma mudança na imagem de Hogan e porque gerou a fúria do vingativo dono da AWA - American Wrestling Association - pela qual Hogan havia iniciado sua carreira, como mostra o trecho da wikipedia abaixo:

"Hogan made his return to the WWF at a TV taping in St. Louis, MO on December 27, defeating Bill Dixon. On January 3, 1984, Hogan appeared at a TV taping in Allentown, PA, saving Bob Backlund from a three-on-one assault. Hogan's turn was explained simply by Backlund: "He's changed his ways. He's a great man. He's told me he's not gonna have Blassie around". The storyline shortcut was necessary because less than three weeks later on January 23, Hogan won the WWF Championship, pinning The Iron Sheik in Madison Square Garden. The storyline accompanying the victory was that Hogan was a "last minute" replacement for the Sheik's original opponent, and became the champion by way of being the first man to escape the camel clutch (the Iron Sheik's signature move). He became the first ever Southern-born WWF Champion in history. In Hogan's autobiography, he says that The Iron Sheik told him that Verne Gagne, furious over Hogan's defection from the AWA, had offered the Sheik $100,000 to break Hogan's leg during the title bout, but the Sheik correctly saw the potential for making millions working a feud with Hogan and refused."
Mas, no fim, foi tudo em vão
Com a chegada dos anos 90, as grandes paixões, os grande heróis e os grandes bigodes foram todos sacrificados em prol das posturas politicamente corretas. Apesar de ter libertado o mundo da ameaça árabe representada pelo letal "golpe do camelo" do Sheik, Hogan não teve o reconhecimento merecido. Uma onda de liberalismo-moralista, pregando valores como a não-violência, o não-uso de esteróides e o diálogo em vez do enfrentamento, varreu o sonho de Hogan e, com ele, o status de autenticidade do bigode na era pós-nuclear.

A WWF se reformulou, numa linha de maior preocupação com o meio ambiente, a biodiversidade e o aquecimento global, traiçoeramente aposentou Hulk Hogan e adotou o Panda como seu novo símbolo.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

#124 - Roger Milla


A seleção de Camarões foi a grande surpresa da copa de 1990.

Surpresa?!! Não se poderia esperar menos de um escrete recheado de afro-negões de bigode - como pode ser conferido no lineup exibido nos primeiros segundos do vídeo abaixo - e ainda guardando nosso intrépido craque veterano para o segundo tempo, opção incompreensível do técnico comuna-imperialista-decadente, o soviético Nepomniachi.

http://www.youtube.com/watch?v=eVCq7UKAtYw

Durante a Copa, Camarões começou logo colocando pressão para cima da Argentina, com um 1 x 0 na primeira fase. Nas oitavas-de-final, num dos lances mais memoráveis da história das copas, el bigodón fanfarrón foi se meter a besta com o bigode-zulu de Milla e se deu mal.



Milla e seus Camarões chegaram às quartas-de-final contra a Inglaterra com toda a torcida brasileira a seu favor, depois de o ferrolho repleto de mullets montado por Lazaroni ter caído diante dos Hermanos. Se não tivesse sido pelo goleirão Peter Shilton, as jogadas armadas pelo bon-vivant Gascoine e muita sorte do lado britânico, a coisa TERIA FICADO PRETA na Copa da Itália!

Confira a segunda parte do vídeo

http://www.youtube.com/watch?v=dCw2uoZVRKA

Perdão pelos 15 minutos de vídeo, mas é um jogo que merece, como poucos outros. Talvez, mereça quase tanto quanto o Botafogo 4 x 4 Juventus de 96, no qual o Fogão se sagrou campeão do Tereza Herrera. Aliás, me aguardem.

sábado, 13 de outubro de 2007

#123 - Baby, me leva

Antes de Kurt Cobain, antes da ressurreição do Steven Tyler, antes da morte de Renato Russo, antes das acusações pedófilas a Michael Jackson houve um homem que tomou para si as rédeas das ondas musicais radiofônicas brasileiras - quiçá mundiais - e pôs todo mundo para dançar conforme a ordem de seu bigode demodê. Este homem chamava-se Roberto Souza Rocha, mas vocês todos passaram a chamá-lo Latino.

Em 1994, quase ninguém passou incólume ao molejo do moço saído de Maria da Graça, suburbão carioca, que se criou nos States onde viveu dos 13 aos 19 anos lavando pratos, servindo mesas e até mesmo fazendo mágicas! De volta ao Brasil, o ídolo conseguiu seu faz-me-rir ministrando aulas de lambada e se apresentando como performático que imitava os hitmakers dançantes da vez, nomes do naipe de Vanilla Ice e Tony Garcia.

Apadrinhado pelo DJ Marlboro e por Xuxa, inspirado em gênios da música como Stevie B, Latino explodiu com seu arrebatador disco de estréia "Marcas de Amor" contagiou toda uma nação com pérolas do funk melody, como a inesquecível "Me Leva". Quem aqui nunca gravou uma k-7 pro seu amor de adolescência onde "Me Leva" tinha papel fundamental no enredo da declaração de amor magnetizada?

Porém, o tempo passou e levou de Latino seu bigode original. Latino deixou de compor melodias funkeadas em nome do jabá, arrumou um monte de mulheres de caráter duvidoso, foi vítima de seqüestro relâmpago, compôs o hit "Tô Nem Aí" (Arrá! Com essa vocês não contavam!) e num lance que lembrou os velhos tempos de seu mustache popular, adaptou para o português um sucesso de dance music romeno que aqui ganhou o nome de "Festa no Apê". Pena que o bigode ficou apenas nos álbuns de fotos familiares.

Tremendo vacilão, esse Roberto.

No tempo do bigode, elas é que corriam atrás.

Nostalgia pura: "Sending All My Love", para os amantes do funk melody.


sexta-feira, 5 de outubro de 2007

#122 - Há 25 anos...

O mês de dezembro de 1990 foi motivo de alegria e júbilo para muitas pessoas, mas em especial três importantes figuras do Século XX: Eric Hobsbawn, historiador inglês; Luís Inácio, político brasileiro e Lech Walesa, líder sindical polonês.

Hobsbawn, comunista de carteirinha, confessou em sua biografia vibrar com a vitória do bigodudo polonês nas primeiras eleições nacionais pós-Muro de Berlim. Lech, como denota seu bigodaço, vinha de lutas passadas a favor dos trabalhadores e era o grande líder do Solidariedade, sindicato que batia de frente com os mandatários da Polônia obedientes a Moscou. Luís Inácio, ex-líder sindical brasileiro, jamais escondeu sua simpatia e admiração pelo vencedor do Nobel da Paz de 1983.

(A título de curiosidade: Hobsbawn esteve no Brasil durante o Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, e circulava pela cidade todo pimpão com um chaveirinho do PT)

Lech tirando uma onda de Senhor dos Anéis. Na época, infelizmente a Polônia passava por mais uma crise econômica e, em vez de charuto, nosso ídolo fuma um biscoitinho da Elam Chips.

Não gostou, vai tomar uma cerveja!

terça-feira, 2 de outubro de 2007

#121 - O melhor goleiro de todos os tempos

Sobre Barbosa foram escritas algumas das mais belas linhas da crônica esportiva brasileira. A injustiça normalmente gera mártires, e Barbosa foi o grande mártir da Copa de 50. Em 82 novamente um time infinitamente superior a todos os outros perderia o título - sem sequer chegar à final -, mas o trauma seria muito menor. O ódio gerado pela derrota no Maracanã só só se compara ao ocorrido 57 anos depois, no Monumental. Mas o caso de 2007 foi muito mais engraçado.

Perseguido durante toda a vida pelo fantasma de uma derrota que não foi culpa sua, em 1993 Barbosa diria uma das frases mais fortes e tristes da história do país: "No Brasil, a pena maior por um crime é de 30 anos. Há 43 pago por um crime que não cometi".

Morreu pobre e amargurado, ídolo reconhecido apenas pelos verdadeiros amantes do bom futebol.

"Certamente, a criatura mais injustiçada na história do futebol brasileiro. Era um goleiro magistral. Fazia milagres, desviando de mão trocada bolas envenenadas. O gol de Gighia, na final da Copa de 50, caiu-lhe como uma maldição. E quanto mais vejo o lance, mais o absolvo. Aquele jogo o Brasil perdeu na véspera."
Armando Nogueira


Este é o time do Vasco campeão carioca invicto em 1949. Uma infinidade de bigodes. Na primeira fila estão: o massagista Mário Américo, um integrante da comissão técnica, Sampaio, Augusto, Barbosa, Wílson, Laerte e dois membros da comissão técnica. Na segunda fila estão: Jorge, Alfredo II, Amílcar Giffoni (comissão técnica), o técnico Flávio Costa, Oto Glória (comissão técnica), Danilo e Eli. Na terceira fila: Nestor, Maneca, Ademir de Menezes, Lima, Ipojucan, Heleno de Freitas, Chico e Mário.